Projeto Santa Cruz, que irá impactar toda a região, vai gerar 75 empregos diretos na fase 1, sendo que cada vaga direta representa de 10 a 15 empregos indiretos

 

A empresa canadense South Star Battery Metals inaugurou em Itabela, na tarde de quinta-feira (05), o Projeto Santa Cruz, a primeira nova produção de grafite nas Américas desde 1996. A cerimônia reuniu autoridades, lideranças locais e colaboradores.

O empreendimento, que coloca a região no mapa mundial da mineração de grafite, irá gerar 75 empregos diretos na fase 1 do projeto e 125 na fase 2. Cada vaga direta representa de 10 a 15 empregos indiretos.

 

 

ALCANCE MUNDIAL – Segundo o CEO da South Star, o canadense Richard Pearce, toda a região será impactada, social e economicamente, pelo novo empreendimento, que deverá ter alcance global, visto que o grafite é um material amplamente utilizado no mundo todo.

“O material extraído da Santa Cruz serve para todos”, acrescentou. Por isso, segundo o CEO, a intenção da South Star é vender o minério extraído da mina Santa Cruz para o mercado brasileiro e para mercados internacionais.

USOS DO GRAFITE – Richard Pearce destacou que o grafite tem diversos usos. Na indústria, é empregado na fabricação de produtos como lubrificantes, refratários, carburante e disco de freio, entre outros. Além disso, o setor de eletrônica também usa grafite, principalmente em baterias. “É tecnologia, energia, transição energética, defesa e indústria. Isso é uma demanda mundial”, observou.

META DE PRODUÇÃO – A mina já está em funcionamento, com meta de produção de 100 toneladas neste mês. De acordo com o ceo, em 2025 deverão ser produzidas 7.400 toneladas de grafite, e, a partir disso, a meta é der 12 mil toneladas por ano.

 

 

IMPACTO AMBIENTAL – Como qualquer atividade de mineração, a extração de grafite causa impactos no meio ambiente. Por esse motivo, a grande preocupação da South Star, ao implantar o Projeto Santa Cruz, foi reduzir esses efeitos. “Em todos os nossos estudos, pensamos em como minimizar qualquer impacto ambiental e social”, afirmou Pearce.

Segundo Richard, o empreendimento não tem barragem, não tem rejeito e toda a química é inerte. “Então é um processo bem tranquilo”, explicou. “Nunca conseguimos evitar totalmente o impacto ambiental, mas tudo o que podíamos controlar, controlamos”, acrescentou.

MODULAR – Com uma abordagem modular e inovadora, o Projeto Santa Cruz será implantado em fases, conforme o crescimento da demanda. Richard Pearce comentou que ainda não há previsão de data para a instalação da fase 2. “Mas a intenção é, dentro de dois anos, começar a construção da fase 2 e, posteriormente, a fase 3”, revelou.

Pearce explicou que as plantas modulares são iguais, sendo replicadas em cada fase. “Tudo é pré-montado e vem em contêineres”, detalhou.

 

 

INCENTIVOS DA PREFEITURA – Presente à cerimônia de inauguração, o prefeito de Itabela, Luciano Francisqueto, disse que, além de incentivos fiscais, a principal colaboração do município para a implantação do Projeto Santa Cruz foram as licenças ambientais.

Segundo ele, desde 2017 a empresa vinha tentando obter o licenciamento para a implantação da mina. Diante do entrave, quase desistiu da exploração do grafite em Itabela. No entanto, a atual gestão deu o apoio necessário para garantir que a empresa decidisse manter o projeto no município.

QUALIDADE DO GRAFITE – Na opinião de Francisqueto, a boa qualidade do grafite da jazida foi o que o atraiu o interesse da South Star para Itabela.

 

 

O prefeito avalia a importância desse empreendimento para a cidade e para a região. “Itabela é conhecida como a maior produtora de café conilon da Bahia, e agora será conhecida também como a cidade da mineração do grafite”, observou.

SUSTENTABILIDADE – A sustentabilidade foi a principal exigência do governo do Estado para a implantação do Projeto Santa Cruz em Itabela. O diretor administrativo da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Luís Otávio da Silva Borges, destacou que o projeto coloca a Bahia novamente no mercado da mineração. “Temos hoje uma profusão de exploração de minérios, pela nova política que a CBPM está adotando”, comentou.

Segundo o diretor da CBPM, a Bahia é o terceiro estado do país em exploração de minérios, atrás do Pará e de Minas Gerais.

 

Fonte: Radar.News

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