Publicado em: 24/02/2022 Atualizado:: maio 29, 2023
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu oito armas utilizadas para escoltar uma mulher na Avenida Samdu Norte. O caso viralizou nas redes sociais e a mulher ficou conhecida como a “dama de vermelho”, por causa da cor do vestido que usava. Ao Correio, o delegado à frente do caso, Joás Bragança, da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), afirmou que todos foram identificados.
No vídeo que circula nas redes, a mulher aparece desfilando com um vestido de festa no meio da rua, rodeada por homens que seguram armas. No momento, para a tradicional “foto”, os envolvidos decidem formar uma barreira e parar o trânsito na via. Segundo a PCDF, a situação teria sido organizada para registros da prévia de casamento entre a mulher e um homem.
Os armamentos seriam de um clube de tiro, que fica próximo ao local no qual ocorreu o fato. De acordo com o delegado, as armas foram recolhidas e o dono da loja deu a versão. Além disso, os envolvidos também prestarão depoimento e serão responsabilizados. “As armas apreendidas serão periciadas a fim de se verificar se são aptas a realizar disparos ou se são apenas de airsoft. A perícia que irá nos dizer isso. Caso sejam de verdade, os responsáveis responderão por porte ilegal de arma de fogo”, afirmou.
No interrogatório, o proprietário do clube garantiu que as armas são de pressão. Segundo o investigador, o armamento não aparenta ser de verdade, mas a perícia será realizada de qualquer forma.
Nas filmagens, ao menos oito pessoas com fuzis pararam as três faixas da via para o momento da foto. Após tirarem a fotografia, os envolvidos deixaram a rua, sendo que o fotógrafo até fez um “joinha” para que o trânsito pudesse voltar normalmente.
Uma loja de artigos de pesca na qual também funciona um estande de tiros apareceu ao fundo das filmagens. Em nota encaminhada à imprensa, a empresa afirmou que vai apurar as responsabilidades dos envolvidos no vídeo e pontuou que o acontecido não reflete os princípios e valores da empresa. A loja ainda reforçou “que as imagens ferem os valores dos CACs e em nada ajudam a política armamentista”.
“A PCDF irá apurar todos os detalhes que cercaram a produção desse vídeo. Será esclarecido se armas são, de fato, reais, e em quais circunstâncias elas estavam sendo usadas”, explicou o delegado-geral da PCDF, Robson Cândido.
Fonte: Correiobrasiliense