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De ‘intervenção’ a acusação de ‘fraude’: o que pedem bolsonaristas no ato antidemocrático em Salvador

Publicado em: 02/11/2022 Atualizado:: novembro 2, 2022

 

Reunidos, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã desta quarta-feira (2), em frente ao Quartel da Mouraria, no Centro de Salvador, pedindo, dentre outras coisas, uma suposta intervenção militar no âmbito federal.

 

Inconformados com a derrota do atual presidente nas urnas, os manifestantes organizam um ato antidemocrático insuflado por nomes conhecidos da música e da política baiana, a exemplo do cantor de axé music Netinho (PL) e do ex-vereador Cézar Leite (PSC). Mobilizações semelhantes acontecem em outras capitais do país.

 

Mensagens de grupos em aplicativos monitorados pelo Bahia Notícias mostram o interesse dos participantes em não usar acessórios, bandeiras ou conteúdos que demonstrem relação com o chefe do Executivo (veja aqui), a fim de não legitimarem acusações de que o liberal tenha envolvimento nos atos golpistas.

 

À reportagem, um dos participantes revelou que o principal objetivo de estarem nas ruas nesse feriado de Dia de Finados, é questionar o resultado do segundo turno. Dentre as acusações estão a de que houve, no pleito eleitoral deste ano, benefícios por parte do Poder Judiciário ao candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

“Esse povo que está aqui não é bolsonarista. Aprendeu a ser patriota porque estávamos esquecidos devido aos governos anteriores”, reclamou o rapaz, que se identificou como Edson de Faria, ao Bahia Notícias, que além da acusação de fraude eleitoral, também questiona a inocência de Lula.

 

No momento em que relatava quais eram as pautas, um outro bolsonarista se aproximou e revelou estar com seu perfil no Twitter bloqueado. A mensagem que mostrou era clara: estava suspenso da plataforma durante os próximos 90 dias por publicar, repetidamente, informações falsas. Uma outra mulher também disse estar com sua conta no Facebook numa situação semelhante.

 

 

Como resultado do ato na Mouraria, os integrantes formalizaram suas queixas em uma carta, subscrita por eles, a ser entregue ao Comando da 6ª Região Militar.

 

Evocando palavras de ordem e ideais religiosos, vestidos com camisas da seleção brasileira, roupas camufladas e cantando hinos pátrios, os participantes também levaram para o ato um carro de som.

 

Do alto do equipamento, três pessoas levantavam a plateia e lembravam, além do Sete de Setembro, o Golpe de Estado de 1964, que deu início à Ditadura Civil-Militar no Brasil – período marcado por torturas, perseguições, pelo desrespeito aos direitos e liberdade dos cidadãos.

 

“Que as Forças Armadas tomem conta do nosso país, para impor a ordem e respeito”, gritava um homem no carro no momento em que a reportagem esteve no local. Ele também leu um trecho do comunicado que seria entregue ao Exército.

 

Apesar da tentativa, o BN não conseguiu confirmar o recebimento da carta pelo 6º Comando até o fechamento desta matéria.

 

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Fonte: Bahianoticias

 

 

 


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