Publicado em: 22/09/2025 Atualizado:: setembro 22, 2025

Após o prefeito de Mucuri, Roberto Carlos Figueiredo Costa “Robertinho” (UB), abrir o jogo na manhã desta última quinta-feira (18/09) e causar uma grande repercussão em todo o Estado, ao divulgar o terrível histórico do município, herdado das gestões anteriores, que mesmo já tendo pago o equivalente a 250 milhões de dívidas entre 2021 a 2024 e nestes 9 primeiros meses do seu novo governo, o município de MUCURI luta para não afundar em crise financeira severa.
Pois o município de Mucuri enfrenta um passivo que já aproxima de R$ 1 bilhão em dívidas ajuizadas em mais de 6 mil processos, resultado de precatórios, ações trabalhistas, financiamentos não quitados, acordos judiciais descumpridos e obrigações acumuladas com o INSS e com instituições bancárias fruto de empréstimos feitos pelos ex-prefeitos, que atualmente tem drenado seus recursos e colocado a Prefeitura contra a parede diante de uma enxurrada de decisões judiciais contra o município e, o peso dessas dívidas ameaça a estabilidade financeira da Prefeitura Municipal.
Com base no grito do prefeito Robertinho, de Mucuri, a FIRJAN – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, instituição responsável pelos estudos socioeconômicos com índice de desenvolvimento municipal no Brasil, revelou no final da manhã desta sexta-feira (19/09), que 71,3% dos municípios baianos estão em situação fiscal difícil ou crítica. Os dados fazem parte da nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que analisou 369 cidades do estado, ou 88,5% dos 417 municípios da Bahia que mergulham em desequilíbrio fiscal.
A Bahia registrou nota média de 0,5019 ponto, desempenho 23,2% abaixo da média nacional (0,6531). Segundo a metodologia do estudo, índices abaixo de 0,4 indicam situação crítica; entre 0,4 e 0,6, dificuldade; de 0,6 a 0,8, boa gestão; e acima de 0,8, excelência. As informações têm como base o ano de 2024. Apesar do quadro desfavorável, 24,9% das prefeituras baianas apresentaram boa gestão fiscal e 3,8% alcançaram nível de excelência em 2024.
Não só o município de Mucuri que já teve fama de Prefeitura rica, aparece em estado preocupante. O estudo aponta que 7 em cada 10 municípios estão em situação de crise fiscal. A autonomia tem sido o mais preocupante, com média de 0,1818 ponto, 58,7% abaixo da nacional. Em 156 cidades, caso de Cícero Dantas e Cipó, no Nordeste da Bahia, e região Central, na região de Irecê, Centro Norte, o índice foi zero, evidenciando total dependência de repasses federais. Itapetinga ocupa a 21ª colocação no ranking consolidado dos municípios baianos.
GASTOS COM PESSOAL
Das 369 prefeituras estudadas, 234 obtiveram conceito bom ou excelente. Contudo, 86 ultrapassaram o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (mais de 54% da receita com pessoal) e 20 excederam o teto de 60%. Investimentos: foi o destaque positivo, com média de 0,6268 ponto. Mais da metade das cidades (50,9%) apresentou elevado nível de investimento, e 90 Prefeituras obtiveram nota máxima.