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Histórico criminal do suspeito de matar delegada na Bahia inclui agressões e prática ilegal da medicina

Publicado em: 12/08/2024 Atualizado:: agosto 12, 2024

 

Tancredo Neves Feliciano de Arruda (suspeito) e a delegada Patrícia Jackes (vítima)

 

Tancredo Neves Feliciano de Arruda, apontado como o principal suspeito do assassinato da delegada Patrícia Jackes, na manhã deste domingo (11), em São Sebastião do Passé, na Bahia, possui um histórico criminal que envolve agressões e exercício ilegal da medicina. A delegada foi encontrada sem vida no banco do carona de seu veículo, e as investigações apontam Tancredo como o responsável pelo crime.

Em maio deste ano, Tancredo foi preso por agredir a própria namorada, a delegada Patrícia Jackes, de 39 anos. Neste domingo (11), ele procurou a polícia alegando que ambos haviam sido sequestrados, mas a investigação não encontrou indícios que sustentassem essa versão. Em vez disso, Tancredo foi acusado de violência doméstica contra Patrícia.

 

Além do histórico de agressões, Tancredo também estava sendo investigado por exercer ilegalmente a profissão de médico. Embora tenha estudado medicina em outro país, ele nunca revalidou seu diploma no Brasil, o que o impede de atuar legalmente. Mesmo assim, ele se apresentava como médico e chegou a prescrever medicamentos utilizando o CRM de um idoso, prática ilegal que foi denunciada em Euclides da Cunha. Tancredo já morou e atuou como médico na cidade de Itamaraju.

 

Os processos relacionados ao exercício ilegal da medicina foram registrados em cidades como Conde e Itamaraju, onde Tancredo foi acusado de praticar a medicina sem o devido registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). As denúncias destacam que ele prescrevia medicamentos, e quando uma das prescrições não fez efeito, a vítima descobriu que o CRM utilizado por Tancredo pertencia a um médico idoso, e não a ele.

A polícia segue investigando o caso para esclarecer todas as circunstâncias do assassinato da delegada Patrícia Jackes, mas os antecedentes criminais de Tancredo Neves Feliciano de Arruda já revelam um padrão de comportamento criminoso que envolve agressões e fraudes no exercício da medicina.

 

A Polícia Civil da Bahia divulgou uma nota de pesar nas redes sociais exaltando o trabalho realizado pela delegada ao longo dos últimos oito anos.

“Patrícia tomou posse em 2016, sendo designada em seguida para a Delegacia Territorial de Barra. Posteriormente, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuou como plantonista”.

“A Polícia Civil da Bahia lamenta profundamente a morte da delegada Patricia Neves Jackes Aires, de 39 anos”, declarou a instituição.

A Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, compartilhou o luto com família e amigos.

“Um dia de muita tristeza na nossa instituição, com uma trágica perda para todos nós. Estamos dedicando todos os nossos recursos e esforços para dar a resposta necessária a esse crime terrível contra Patrícia Jackes”, declarou.


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