Desocupação da Fazenda Rio Verde, que fica em área de preservação ambiental, começou na terça-feira, com apoio da PM

 

A Justiça começou a cumprir, na terça-feira (18), um mandado de reintegração de posse da Fazenda Rio Verde, no distrito de Trancoso, em Porto Seguro. Cerca de 400 pessoas ocupavam a área, invadida em 2020.

 

A propriedade de 112 hectares, que pertence a Gregório Marin Preciado, fica dentro da área de proteção ambiental APA Caraíva-Trancoso. Devido à extensão das terras, a desocupação deve durar, pelo menos, até quinta-feira (20).

 

A reintegração de posse foi determinada pelo juiz de Direito substituto da 1ª Vara de Feitos de Relações de Consumo Cíveis e Comerciais da Comarca de Porto Seguro, Rafael Siqueira Montoro, que estabeleceu o dia 11 de julho como data para a desocupação.

 

PEQUENA RESISTÊNCIA – O cumprimento do mandado começou às 8h e foi feito por dois oficiais de Justiça, com apoio de 50 policiais militares e uma guarnição do Corpo de Bombeiros.

 

Segundo informações, houve uma pequena resistência dos ocupantes, que fizeram barricadas com madeiras, impedindo a passagem das retroescavadeiras e tratores. A polícia precisou usar bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo para que as máquinas pudessem avançar e dar início à derrubada dos barracos. Não houve feridos.

 

 

REUNIÕES ANTES DA DESOCUPAÇÃO – De acordo com informações, antes do cumprimento da reintegração de posse, foram realizadas duas reuniões, entre o 8ª Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), os ocupantes da fazenda e Gregório Preciado. Nesses encontros, o proprietário da Rio Verde ofereceu às famílias uma área próxima às terras ocupadas para que construíssem suas moradias.

 

Além disso, a prefeitura de Porto Seguro combinou de fazer o cadastramento dessas pessoas para receberem aluguel social. Na ocasião, as famílias prometeram que sairiam pacificamente do terreno.

 

 

REINTEGRAÇÃO ANTERIOR – Essa é a segunda vez que uma reintegração de posse é cumprida na Fazenda Rio Verde. A primeira ocorreu em 2021, mas foi suspensa pela Justiça.

 

Em 2022, ocupantes da área realizaram violentos protestos a favor da permanência das famílias, inclusive com fechamento da estada que dá acesso a Trancoso.

 

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Fonte: Radar101

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