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Meu amigo Djalma Ferreira

Publicado em: 07/02/2022 Atualizado:: fevereiro 7, 2022

 

 

Minha semana começou triste.

 

Acaba a tarde do domingo com uma notícia daquelas que não queremos ouvir.

 

O telefone toca e do outro lado da linha um amigo dá a maldita notícia “Érico, o nosso amigo Djalma morreu”. Liguei para o filho dele em Salvador e este me confirmou que Djalma sofreu um infarto fulminante. Nossa! Meu amigo foi para a vida eterna!

 

Sentei e comecei a lembrar o dia e o momento que eu havia colocado o Djalma no meu coração. Foi lá no governo do Padre Aparecido. Estava sendo feita uma grande faxina nas dependências e no campo de futebol, trabalho pesado, um outro amigo chegou trazendo ele para trabalhar comigo, eu questionei que o trabalho ali era para jovens que pudessem trabalhar no pesado e embaixo de um Sol de janeiro.

 

Eu disse ao amigo que estava trazendo, coloca como chefe da turma coordenando. E assim foi feito. Ele veio de Salvador para tomar conta do mini trio elétrico que o padre havia montado pra campanha, ele trabalhou muito tempo no trio do Chiclete com Banana. Daí pra frente com a convivência fui descobrindo que eu precisava dele muito mais como amigo do que um auxiliar de serviços. Djalma tornou-se meu parceiro, levei-o para conviver com a minha família, ficou amigo dos meus amigos, todas as pessoas que conviviam comigo também conviviam com ele.

 

Ramiro Guedes tinha um programa no rádio durante a Copa do Mundo que comentava sobre os jogos do Brasil antes da bola rolar, e um dia levei Djalma ao programa, ele deu um show nos comentários, daí pra frente nasceu o cronista esportivo, o comentarista de futebol, o esporte que o público do Extremo Sul baiano ama, eu que convivia com ele sabia que ele não só entendia de futebol mas de todos os esportes, conversava comigo sobre Vôlei , Basquetebol, Futsal, Natação (que ele praticou na Marinha).

 

Um dia vi que ele estava conversando com um professor de capoeira e cheguei perto pra escutar , ele estava dando uma dica ao professor de como ensinar um determinado movimento, foi daí que nasceu o apelido dele Mestre Cabeça de Pedra, depois, como ele havia sido da Marinha, ganhou o apelido Djalma da Barrica.

 

Poxa Djalma!

 

Quando fiquei doente pra morrer, Djalma estava em Salvador e foi na igreja de Nossa Senhora da Conceição rezar por mim, ele sabia que Nossa Senhora da Conceição era minha madrinha.

 

Saudades meu amigo, espero que você tenha muita paz e luz nos seus novos caminhos da vida eterna. Obrigado por tudo o que você me ensinou.

 

Uma homenagem de Érico Cavalcanti Lêdo


JORNAL INDEPENDENTE


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