Publicado em: 03/11/2021 Atualizado:: novembro 3, 2021
Objeto foi encontrado no domingo (31), por mergulhadores do projeto Coral Vivo. Material estava perto da Ilha Siriba, no Arquipélago de Abrolhos.
Uma nova “caixa misteriosa” foi encontrada por mergulhadores do projeto Coral Vivo, perto da Ilha Siriba, no Arquipélago de Abrolhos, que fica na região sul da Bahia. O caso aconteceu no domingo (31).
Os mergulhadores tiveram dificuldade para conseguir retirar o objeto do mar. Eles utilizaram roldanas e botes infláveis.
O projeto Coral Vivo informou que o material foi condicionado em um local seguro e irá passar por perícia e estudos.
Segundo os mergulhadores do projeto, a caixa é semelhante aos fardos de borracha que foram encontrados no litoral da Bahia neste ano.
As primeiras caixas encontradas em Salvador foram vistas em 2 de agosto, na praia do Flamengo. Outros materiais da mesma natureza apareceram também nas praias de Amaralina e nas regiões de Jauá (em Camaçari) e Costa do Sauípe (em Mata de São João), na região metropolitana.
À época, a Marinha informou que os pacotes têm sido encontrados no litoral do Nordeste desde 2018 e não foi registrado nenhum acidente náutico que justificasse o aparecimento dessas caixas. Segundo o órgão, o material não tem características poluentes.
De acordo com o oceanógrafo Carlos Teixeira, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), o material pertence a um navio nazista alemão afundado no mar há mais de 80 anos.
Fardos de navio nazista
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou que as “caixas misteriosas” que apareceram em praias da Bahia, Alagoas e Sergipe, em agosto deste ano, são fardos de borracha de um segundo navio nazista, o MV Weserland.
Isso porque, no início do ano, o grupo revelou que as “caixas misteriosas” que apareceram nas praias do Nordeste do Brasil em 2018 eram fardos de borracha que se haviam soltado de um navio Alemão, o SS Rio Grande, naufragado pelos americanos ao largo da costa do Brasil em janeiro de 1944.
Segundo informações do oceanógrafo Carlos Teixeira, que é pesquisador no Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da UFC, o material estaria afundado no mar há 77 anos.
Desde 2018 esses fardos seguem aparecendo em algumas praias. A priori, os pesquisadores do Labomar acharam que podia tratar-se dos fardos do SS Rio Grande, que continuam aparecendo em algumas praias da região.
No entanto, de acordo com Carlos Teixeira, duas coisas chamaram a atenção: a enorme quantidade de fardos reportada (mais de 200) e o fato de que em alguns deles constavam as inscrições gravadas em ideograma japonês, o kanji (o que não tinha sido visto até então).
Fonte: G1 Bahia