Publicado em: 17/09/2022 Atualizado:: setembro 17, 2022
Faleceu na última quinta-feira (15), aos 76 anos de idade, o poeta, contista, cronista e compositor Miguel Mensitieri. Ele travava há anos uma luta terrível com a diabetes, que por fim acabou derrotando um dos filhos mais ilustres de Jequié, também conhecida como a Cidade Sol do sertão baiano.
Miguel atuou por décadas como revisor da Assembleia Legislativa da Bahia, tendo inclusive feito a revisão final da Constituição do Estado da Bahia.
Publicou as obras “Fragmentos Tranzorrinos” (1976), “Entrelaçados” (2012) e “Ver de verso” (2017). Era titular da Cadeira 37 da Academia de Letras de Jequié (ALI), que em nota de pesar lamentou a morte do acadêmico.
“Com seu espírito libertário e talento lírico inconfundível, sua partida deixa enorme legado artístico-cultural e lacuna impreenchível nos corações dos seus conterrâneos, amigos e familiares”, diz a nota.
Além dos poemas, crônicas e contos, Miguel Mensitieri deixou contribuições relevantes para a música popular e artes cênicas. Escreveu cordéis e até um roteiro para um curta-metragem – “Uma vida” – para o festival do ICBA nos anos de 1980.
“Conheci o agora saudoso Miguel através do seu irmão e meu confrade Carlos Mensitieri, que me entregou um exemplar de ‘Ver de verso’ autografado”, contou o presidente de honra da Academia Teixeirense de Letras (ATL), Almir Zarfeg.
Zarfeg disse que ficou tão fascinado com a poética enxuta e primorosa do poeta de Jequié, que organizou uma seleção de 12 poemas e enviou para Germina – revista de literatura e arte. Os textos podem ser lidos AQUI.
“Poetas completos como Miguel Mensitieri e seu conterrâneo Waly Salomão jamais serão esquecidos, porque são eternizados por suas obras”, concluiu Zarfeg, que ainda dedicou uma trovíssima à memória de Miguel:
TROVÍSSIMA
A Miguel Mensitieri,
Poeta e compositor
Que mergulhou no mistério:
Nosso carinho e louvor!