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PF faz operação contra suspeito de ser um dos maiores grileiros da Amazônia

Publicado em: 03/08/2023 Atualizado:: agosto 3, 2023

 

Justiça federal determinou confisco de 16 fazendas, 10 mil cabeças de gado e R$ 116 milhões do grupo investigado; principal alvo foi preso com arma irregular e pedaços de ouro em estado bruto

 

A Polícia Federal faz uma operação nesta quinta-feira contra um suspeito de ser um dos maiores grileiros da Amazônia, segundo a instituição. O alvo é investigado por ter desmatado mais de 6 mil hectares de áreas de floresta no Pará, o que equivale a quatro ilhas de Fernando de Noronha (PE). Segundo as apurações, ele teria se apossado de 21 mil hectares de terras da União no entorno de reservas indígenas e unidades de conservação.

 

Conforme a PF, o suspeito de grilagem foi preso em flagrante por ter sido encontrado com uma arma irregular e pedaços de ouro em estado bruto – provavelmente oriundo de algum garimpo ilegal da região. Ele foi detido na cidade de Novo Progresso (PA) e será encaminhado ao presídio de Itaituba (PA).

 

Os agentes cumpriram também três mandados de busca e apreensão nas cidades de Novo Progresso (PA) e Sinop (MT). A Justiça Federal autorizou o confisco de R$ 116 milhões, 16 fazendas e 10.000 cabeças de gado que pertenceriam ao grupo do investigado.

 

As áreas griladas ficam próximas à BR-163, que conecta Cuiabá (MT) a Santarém (PA). Ao longo das investigações, a PF descobriu que o grupo criminoso fazia a inscrição fraudulenta de áreas públicas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) em nome de terceiros que não moram na região. Depois, os suspeitos desmatavam os terrenos e o destinavam à criação de gado.

 

 

Desmatamento na Amazônia

 

“Assim, os verdadeiros responsáveis pela exploração das atividades se sentiriam protegidos contra eventuais processos criminais ou administrativos, os quais seriam direcionados aos participantes sem patrimônio”, diz a nota da PF.

 

O alvo já recebeu onze autuações e seis embargos do Ibama por manejo irregular e desmatamento ilegal. Conforme as multas aplicadas entre 2006 e 2021, o órgão proibiu o investigado de realizar qualquer atividade agropastoril na sua fazenda e determinou a retirada dos animais do local.

 

 


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