Publicado em: 23/10/2025 Atualizado:: outubro 23, 2025
Operação da Polícia Federal e da Controladoria‑Geral da União mira desvio de recursos em municípios da Bahia
Na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou uma operação norteada ao combate do desvio de verbas públicas em municípios do interior da Bahia. As ações estão concentradas nos municípios de Vitória da Conquista, Poções, Encruzilhada e Barreiras.
Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, sendo nove deles em Vitória da Conquista. As diligências envolvem empresas, residências de empresários e agentes públicos. Entre os alvos figuram o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB); a prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB); e o chefe de gabinete da Prefeitura de Poções, que também já exerceu o cargo de prefeito no município.
Segundo informações preliminares, as investigações buscam aprofundar as suspeitas de que agentes públicos e particulares, em conluio, teriam direcionado contratos municipais, com beneficiamento irregular e uso indevido de recursos destinados a serviços públicos.
O esquema sob apuração se alinha a modelos já identificados em operações anteriores da PF/CGU no estado: direcionamento de licitações, cláusulas restritivas da competição, uso de empresas “pré-selecionadas” e contas de fachada para ocultar o verdadeiro beneficiário dos recursos públicos. Por exemplo, em outras frentes de investigação no estado foram cumpridos mandados que revelaram práticas como a simulação de cotações e o superfaturamento de contratos
A operação deste dia mobiliza dezenas de agentes federais e auditores da CGU, com o objetivo de apreender documentos, mídias e bens que possam corroborar indícios de fraude, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa — crimes que, nos casos precedentes, apresentam penas elevadas.
Para os municípios participantes, a deflagração da operação pode gerar consequências imediatas: a suspensão de contratos, afastamentos de agentes públicos, bloqueios de bens e recursos, além do reforço à fiscalização dos próximos processos licitatórios. Para a população, quando recursos públicos são desviados, a prestação de serviços essenciais — como saúde, educação e infraestrutura — tende a sofrer prejuízos ou execução incompleta.
As autoridades federais ainda não divulgaram o montante exato envolvido nessa nova investigação nem detalharam todos os contratos sob suspeita. Também não há confirmação de prisões até o momento. As prefeituras citadas ainda não se pronunciaram publicamente sobre o caso.
Fonte: Por redação do Bahiaextremosul.