Publicado em: 08/02/2022 Atualizado:: fevereiro 8, 2022
Hoje as cadeias pararam em todo o estado da Bahia, enquanto agentes penitenciários em busca do reconhecimento estadual da condição de Policiais Penais marcharam, embaixo de um sol escaldante, com palavras de ordem e faixas até a governadoria em Salvador. No Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, em solidariedade, os servidores paralisaram todas as atividades não essenciais, com isso, uma mensagem clara foi enviada ao governador Rui Costa: sem a devida atenção, uma greve pode estar próxima.
O motivo é a omissão. A deputada Maria Del Carmen (PT) enviou desde 2020, Proposta de Emenda Constitucional, a de nº 160/2020 com objetivo do tão almejado reconhecimento. Sob a alegação do vício de inconstitucionalidade, a matéria travou e está há exatos 66 dias de expirar. A verdade é que falta vontade política de Rui Costa para fazer as alterações legislativas necessárias e melhorar significativamente a Segurança Pública para os baianos.
“Em todo o país, ele faz parte de um seleto grupo de 4 mandatários negligentes com o Sistema Penitenciário, os demais são os governadores de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O descaso com a Segurança Pública é algo que ultrapassa a ideologia de ‘esquerda x direita’ como vemos”, disse um servidor (Policial Penal).
“Por cá, nas terras baianas, os servidores penitenciários estão dispostos à luta. Embora pequena, a categoria é cascuda e temos que concordar que governador nenhum quer suas cadeias superlotadas entrando em greve. Rui Costa que tem fama de ser bom gestor, está colocando sua boa fama em risco. Sua política de ‘morde e assopra’ não convence mais. A insatisfação no meio penitenciário é gigante, enquanto a paciência é anã”.
Esse, avisam os Policiais Penais, é o primeiro ato. Eles buscam o diálogo e a solução dessa gritante injustiça que é feita diariamente contra a categoria, que é negar-lhes sua identidade. Com a palavra o governador.
Fonte: Liberdadenews