Foi publicado no Diário Oficial do município de Teixeira de Freitas na manhã desta terça-feira, (01), o Decreto 69.2022 onde consta a exoneração de ROSANA VAZ DE CAMPOS do cargo comissionado de CHEFE DE DIVISÃO DO SAMU, da SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, com data do dia 27 de janeiro, assinado pelo prefeito Marcelo Belitardo.

 

Alvo de muitas críticas por parte de funcionários, secretários, vereadores, entre eles o vereador Marcos Belitardo, (irmão do prefeito), que durante sua fala na sessão da Câmara de Vereadores no dia 14 de abril de 2021, teceu duras críticas à ex-coordenadora.

 

 

“É corriqueiro nós recebermos cobranças de funcionários que estão sendo coagidos pela gestora do SAMU. Isso é errado! Isso mostra inaptidão técnica, e eu vou além, inaptidão social com seu time de colaboradores. Essa semana eu recebi mais uma reclamação e estou certo que fora dos microfones, esta reclamação tem se estendido para vários vereadores… Não temos mais que tolerar este tipo de conduta, esse tipo de prática. Não tem espaço para pessoas que se colocam contra o serviço público… É triste, a gente receber um servidor público que se expõe a tantos riscos, ainda ser submetido a este tipo de pressão psicológica. Isso é assédio, assédio moral, e a gente não pode permitir isso. Eu vou estar fazendo um encaminhamento formal à Secretaria de Saúde, solicitando informações a esta conduta, e isso tem que ser sim levantado e resolvido pela gestão”. Declarou vereador Marcos Belitardo à época.

 

 

Outros vereadores também se manifestaram durante a fala do Edil, a exemplo de Marcelo Teixeira, hoje secretário de Assistência Social, que na época ocupava uma cadeira na Câmara e lançou um desafio.

 

“Eu digo para você o seguinte, se algum vereador aqui ainda se sustenta a possibilidade de Rosana Vaz continuar no SAMU, eu gostaria que no final de sua fala até se manifestasse, por que não entendo como é que essa mulher ainda esta lá”. Conclui Marcelo Teixeira

 

 

 

Relatos de funcionários do SAMU

 

Desde que tomou posse no cargo de coordenadora do SAMU, no início do mandato do prefeito Marcelo Belitardo, Funcionários e prestadores de serviço do SAMU vinham relatando abusos sofridos por Rosana Vaz.

Segundo um funcionário, até mesmo a alimentação que vinha da Secretaria de Saúde, era escondida pela ex-coordenadora em sua sala, que ficava trancada.

 

Ainda segundo os funcionários, Rosana Vaz fazia declaradamente do seu cargo objeto de barganha com interesses políticos. Funcionários do SAMU chegaram a decretar greve, caso a ex-coordenadora continuasse no cargo.

 

“Foram tempos negros, sempre trabalhamos com amor, com dedicação, tentando dar nosso melhor, mas era cada abalo psicológico que sofríamos que só muita vontade mesmo de ajudar, servir o próximo, para nos dar força de retornar no dia seguinte. Vivemos um inferno, hoje, estamos comemorando a saída desta mulher, que não prejudicou só funcionários, mas a população em si, porque as perseguições constantes, a coação, as humilhações que passamos refletiam em nosso lado psicológico, sentimental. As vezes, colegas saiam para as ocorrências chorando de tanta humilhação que passava”. Declarou um servidor do SAMU. (Resguardaremos seu nome em conformidade com o Artigo 5° da Constituição Federal).

 

Outro colaborador do SAMU, acusa ainda Rosana Vaz de usar a sede da unidade como “puxadinho” de sua residência.

 

“Ela (Rosana), ocupava uma sala inteira da sede do SAMU para guardar utensílios domésticos da residência dela. Ela alugou uma parte da casa, e trouxe uma parte da mobília pessoal para cá. Eram pratos, copos, talheres, panelas e até mesmo móveis. Dizia que nasceu para mandar e que nós nascemos para servi-la. Teve funcionário que pediu mudança de setor, outros que até hoje fazem acompanhamento com psicólogo por causa do assédio que Rosana cometia contra eles”. Concluiu outro servidor.

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