Publicado em: 01/08/2023 Atualizado:: agosto 1, 2023
Subiu para 12 o número de mortos durante a Operação Escudo da Polícia Militar na Baixada Santista. O dado foi confirmado pela Secretaria de Segurança Pública em balanço divulgado na manhã desta terça-feira (1º). Dois policiais militares foram baleados nesta manhã, os dois em Santos. Eles ficaram feridos e estão sendo atendidos na Santa Casa da cidade.
De acordo com a secretaria, as 12 pessoas “morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança”. Até o momento, 32 pessoas já foram presas e 20,3 quilos de drogas e 11 armas foram apreendidos.
A Baixada Santista vive uma onda de violência nos últimos dias. Na noite da última quinta-feira (27), o soldado Patrick Bastos Reis, da Rotas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) morreu após ser baleado durante um patrulhamento na comunidade Vila Zilda, no Guarujá. Outro policial ficou ferido. Um homem chamado Erickson David Silva se entregou no domingo, assumindo a autoria dos disparos que mataram o policial.
Em resposta, o governo estadual deflagrou a Operação Escudo, a fim de tentar encontrar o autor dos tiros. Mas a operação policial gerou diversas mortes no Guarujá desde o fim de semana, e deixou ao menos 12 mortes. A operação continua e moradores de diversas comunidades relatam clima de medo com a abordagem policial constante e barulhos de trocas de tiros.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou, nesta segunda, que “não houve excesso e não houve hostilidade” nas ações policiais. O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também defendeu a operação e chamou as denúncias de tortura e abusos de “narrativas”.
A Ouvidoria das Polícias tem recebido constantes denúncias de abusos policiais de moradores da região, e a Defensoria Pública de São Paulo também foi acionada. O Ministério Público (MPSP) designou três promotores de Justiça da Baixada Santista para, junto ao Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP), investigarem as ações da Polícia Militar na Baixada.
De acordo com a SSP, os casos serão investigação pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), e a secretaria afirmou os registros das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos e podem ser acessados a qualquer momento pelo Ministério Público, Poder Judiciário e Corregedoria da PM.
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Fonte: O Globo