Por Almir Zarfeg

 

Que labuta de sol a sol, lua a lua nas enormes plantações de delicadeza, amores-perfeitos, bem-querência, sempre-vivas e sensibilidade a perder de vista…

 

Que é linda de morrer, mas me mata de paixão, cuidados desmedidos, encrencas homéricas… por favor, me permita um pouco dessa lindeza apetitosa!

 

Você que é sinônimo de doação, partilha, coração, caridade, afeto, alteridade,
não necessariamente nessa ordem.

 

Que ama e, de tanto amar, se torna objeto da gula amorosa de gregos e baianos, troianos e mineiros…

 

Que consola, participa, compete, sai na frente e chega a tempo (não obrigatoriamente em 1º lugar), cai e se levanta, domina e se deixa dominar, se enamora e atiça esse veneno bom na veia da gente!

 

Você que cuida de filho, marido, namorado ou amante, projetos e segredos, sons e sombras, nuvens e horizontes…

 

Que se envolve com as coisas (quem não arrisca não petisca), mãe, musa, senhora do meu des(a)tino!

 

Que vai e volta, protege e processa, cria e educa, canta e cativa à sua volta…

 

Você que é frágil e fêmea, fértil e forte, mas, sobretudo, fonte inesgotável de querer e poder, doçura e poesia.

 

Que é tentação saudável e, ao mesmo tempo, quietude revigorante…

 

Que é ouro, prata, pedra preciosa, ímã, rima, cadê a maçã que estava aqui, my god?

 

Nesta data especial e sempre, minha gratidão e torcida para que continue simplesmente m-u-l-h-e-r!

 

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