Publicado em: 25/05/2023 Atualizado:: maio 29, 2023
Acumulando o cargo de secretário de Governo e Relações Institucionais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido que integra a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não se eximiu em afirmar que estão faltando líderes dentro do governo. Ao PSD, foram destinados três ministérios (Pesca, Minas e Energia e Agricultura Pecuária e Abastecimento).
Ele afirma que o governo Lula se ressente da ausência de articuladores como José Dirceu e Márcio Thomaz Bastos, e que em seu terceiro mandato empoderou os ministros Alexandre Padilha [Relações Institucionais] e Rui Costa [Casa Civil], mas não com a intensidade que deveria e, por isso, tudo volta para ‘o seu colo’. Ele não negou se tratar de um problema que o presidente precisa resolver, inclusive, revendo a possibilidade de ‘ter duas pessoas empoderadas’ em sua gestão.
“No primeiro mandato, o Lula empoderou duas pessoas que tiveram papel fundamental no governo, especialmente no início: o José Dirceu e o Márcio Thomaz Bastos. Neste governo, olhando à distância, parece que ele empoderou o Alexandre Padilha e o Rui Costa, mas não com a intensidade que deveria — e, por isso, tudo volta para o colo do Lula. Acho que está fazendo falta ter duas pessoas empoderadas. Até porque ele está mais velho, mais cansado, por mais que esteja bem de saúde. Estão faltando líderes dentro do governo. Neste início que o Lula precisa mudar tudo, porque assumiu como oposição, assim como em 2003, ele não tem equipe para promover mudanças, ou não a empoderou o suficiente. É um problema”, admitiu em entrevista ao Metrópoles.
O cacique pessedista disse ainda não ver constrangimento em compor com Tarcísio, que está em lados opostos, em São Paulo.
Complementando, o pessedista assegurou que ‘naqueles que apoiaram o presidente Lula, o PSD teve uma posição vitoriosa’.
“E, evidentemente, eles foram convidados a participar do governo. Promoveu-se uma discussão dentro do PSD, e a corrente majoritária preferiu apoiar o presidente Lula. Dessa maneira, o PSD escolheu fazer parte da base, pela governabilidade e em total conformidade com nosso papel na campanha. Em São Paulo, nada mais natural do que participar do governo Tarcísio. Nós indicamos o vice (Felício Ramuth), fizemos a coordenação da campanha, estivemos na linha de frente”, explicou.
Sobre a disputa eleitoral frisou que Tarcísio deverá disputar a reeleição em 2026 e diz que a prioridade do seu campo político é fazer uma aliança com Ricardo Nunes (MDB) para a disputa da Prefeitura de São Paulo em 2024, na eleição do ano que vem.
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Fonte: Bahia.ba